19 de maio de 2008

Autárquicas

Acabou. A campanha e a eleição. Só não acabam os disparates.
Não votei. Mais uma fiz por ignorar o que me diz Brecht: "Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Não me arrependo. Poucas foram as propostas que ouvi… promessas essas ouvi muitas. O “como” é que vão ser cumpridas é que não ouvi. Ouvi muito denegrir o outro em detrimento de propostas concretas. Chateia! As insinuações de fraude também. Chateia! Denegrir o país em prol da vitória numa autarquia deixa-me sem comentários. Jimi Hendrix socorre-me: "Quando o poder do amor se sobrepuser ao amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz". Há quem ame demais o poder!!!
O saber aceitar uma avaliação negativa dum trabalho é tão importante como saber aceitar uma expectativa positiva num desempenho.
E nisto é preciso saudar a Zau. Pela campanha digna, pelas palavras pós vitória e destaco e sublinho: a avaliação negativa nalgumas zonas do concelho serve para melhorar o meu desempenho e corrigir os erros. (citação de memória)
Grande mulher. Até pelo lenço amarelo… sem os complexos cromáticos que grassam por aí.
Estivesse eu aí e talvez não me estivesse a lembrar de Brecht

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