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11 de março de 2013

Merece destaque o trabalho que tem sido feito pelo João José Tavares Monteiro conhecido por UV no Projecto Simenti mas também como activista social. Este jovem sociólogo tem desenvolvido projectos em vários bairros da capital e tem influenciado positivamente outros jovens. Neste momento mobilizando empresas e jovens dedica-se à requalificação de espaços abandonados pelas entidades públicas como podem acompanhar no seu Facebook o que melhora a vivência comunitária.

Obrigada UV por esta verdadeira e activa cidadania! Obrigada pelo teu esforço e pela persistência em desenvolver projectos que contribuem para a inclusão social e para a educação da nossa sociedade.







12 de dezembro de 2011

Indignado

Com os estado do cemitério! A romântica e docemente apelidada última morada de qualquer um de nós – praienses pelo menos – está cheia de lixo e ervas por todo o lado. Lixo e mais lixo. Em vários estados de decomposição.

Duas coisas: a total falta de respeito do chamado cidadão pelos equipamentos sociais incluindo cemitérios e a total falta de brio, competência e profissionalismo de quem lá trabalha. E não me venham dizer que a responsabilidade é da CMP… porque senão é preciso ir lá o presidente da CMP todos os dias mandar limpar!

14 de novembro de 2009

Lixo e saneamento - recuperando posts

Recupero parte de um post publicado em plena campanha para as autárquicas, mais precisamente a 20 de Março de 2008:
"Durante algum tempo pensei (naif que sou) que o saneamento e o tratamento dos resíduos sólidos seriam temas quentes na campanha autárquica e ai do candidato que não propusesse soluções. Mas nem cheiro dos temas que dos resíduos há muito! Umas fotos em placards denunciando aquilo que não precisa de denúncia porque está há vista... e verdade se diga que bastaria a CMP responder com umas fotos de há 10 anos e pronto, tínhamos, empate técnico.
Uma coisa é reclamar (isso todos fazemos que Graças a Deus somos convictamente reclamantes) outra é propôr soluções para um problema que só se resolve com dinheiro (muito) numa área onde é difícil encontrar financiamento. Mudar comportamentos também é bom mas só funciona para o futuro e ver a malta num mutirão à brasileira para uma limpeza… não é assim tão fácil e mantém-se a questão: o que fazer ao lixo!"

Decididamente enganei-me quanto ao mutirão. E fico feliz por me ter enganado... Se quiserem podem ler mais AQUI
Recupero também este post porque me parece bem pertinente (podem obter mais informação AQUI)


"Em três meses de trabalho duro foi possível, em Kibera, no Kénia, transformar uma lixeira numa quinta orgânica produtora de legumes frescos. A comunidade beneficiada, cerca de trinta famílias, trabalhou duro para conseguir o milagre ilustrado nas fotos."



6 de novembro de 2009

Dengue - a solução está nas nossas mãos

Uma volta pela blogolândia e a dengue é o tema. Posts informativos e úteis, apelos válidos ao trabalho de todos a par de desinformação e pânico pouco justificado para quem tem as ferramentas da informação nas mãos ou já apanhou dengue mais do que uma vez no Rio de Janeiro – a cidade dos Jogos e o maior foco de dengue do mundo…
Começar dentro de casa e sair à rua e limpar é a palavra de ordem. A resolução do problema está nas nossas mãos. Começar por casa: verificar os depósitos, os bidons que temos no quintal, os lindos vasos, as goteiras do ar condicionado… começar pela nossa rua: tapar valas com areia, deitar óleo queimado ou gasóleo nas poças de água, recolher as garrafas e latas que andam por aí (aproveitar e retirar os sacos de plástico), os pneus e tantas outras coisas que sabemos que facilitam a propagação do mosquito e como tal da dengue e de outras doenças que estão e sempre estiveram à espreita além de necessário, e óbvio é fácil. Somos senhores do nosso destino. Cabe-nos a nós a nossa salvação. Cabe-nos a nós aceitar o tratamento paliativo porque ele existe e está ao nosso dispor.
Faltasse soro ou capacidade de tratamento e seria pior…
Vejo a Praia mobilizar-se e fico contente.
Chateia-me a sistemática desinformação. As tentativas de culpabilização e desresponsabilização.
A situação é preocupante, estamos em crescendo
- e ainda não atingimos o pico - e os factores que favorecem a propagação estão aí à solta; e não são só os de saneamento, são também os outros: gente que não se cuida, não se protege, não aceita tratamento e que mesmo após semanas de formação (estou a falar da formação que teve lugar na delegacia da Praia com o objectivo de preparar agentes para sensibilização no terreno) recusam pôr repelente porque cheira mal e vestir calças e pôr meias porque está calor!! Caramba.
O vector existe em Cabo Verde e duvido que seja desde o ano passado
– não tínhamos capacidade para detectá-lo mas já temos – aliás existe em toda esta zona, caso da Madeira (desde 2005 pelo menos) e mesmo na Europa, na Catalunha por exemplo. A diferença: a Câmara do Funchal não dorme e faz fumigações anuais mesmo tendo um saneamento básico muitoooooo superior ao nosso. Limito-me a constactar factos: o saneamento básico é da responsabilidade do poder local e é notoriamente deficitário e não me venham com meios porque tapar valas, recolher pneus não carece assim de tantos meios. OK é estranha a ausência, a demissão mas agora é tempo de trabalhar.
Mas atenção. Já se afirmou neste blog: o lixo não cai do céu, logo somos todos responsáveis.
Fico estupefacta quando se tenta problematizar e politizar uma afirmação do Delegado de Saúde da Praia, em 2008, quando se detectou mosquitos contaminados no Sal de que que era remota a possibilidade de epidemia e há quem de imediato tente retirar a ilação de que houve falha do Governo! As condições são dinâmicas e não são iguais a 2008. Há mais lixo, mais água… Espantosa a política da dengue.
Facto é que em 2009 o mosquito finalmente encontrou as condições propícias, começou pela Praia (e não pelo Sal) e a mobilidade fez o resto.
Curiosamente reclamam-se medidas que já estão tomadas. O exército e a protecção civil estão nas ruas há vários dias, médicos e enfermeiros não regateiam esforços, as farmácias estão abertas até mais tarde, o ministro da saúde que em Junho ou Julho alertou para a necessidade de combater o mosquito dá a cara todos os dias, os hospitais bem ou mal vão dando resposta, os hospitais de campanha já estão montados, os equipamentos laboratoriais já estão aí. A informação flui as estatísticas mostram-nos a evolução e o que podemos esperar mas reclama-se que está escondida porque há quem não vá ao hospital!
Reclama-se números de informação como se não fosse necessário treinar pessoas para dar informação (os médicos e enfermeiros estão no terreno não podem estar ao telefone)
Reclama-se declaração de calamidade pública como se não existissem regras para tal declaração! Reclama-se ajuda da comunidade internacional quando a primeira reunião com a ela sobre a dengue teve lugar há duas semanas – o nosso caso se calhar não é dos mais alarmantes para a OMS e a ajuda pode ser programada nas melhores condições. Reclama-se porque o MS diz que tem a situação sob controlo (ou seja tem medicamentos e dinheiro para os comprar) pois não é função do MS andar a limpar mas sim ter condições para tratar as pessoas infectadas. Reclama-se protecção para limpar os vasos que estão à nossa porta… A par disso o negócio dos açambarcadores de cravinho e cânfora floresce… e os que não fazem negócio açambarcam à mesma – desde que usem pois quando se protegem, retirando ao mosquito o seu alimento favorito, também me protegem pois menos se propaga…
Mas são pormenores porque a Praia reagiu.
Tal como eu muitos não esperaram por hoje para deitar as mãos ao trabalho.
Tal como eu vão recolhendo garrafas pelos caminhos onde andam, chamam a atenção para vasos, irritam-se por causa de um bidon destapado e chateiam-se a sério por causa dum depósito também destapado ou da água do ar condicionado a escorrer para a rua.
A Praia mobiliza-se e gosto de ver esta mobilização. Hoje (amanhã e depois) estarei na rua e sei que a meu lado estarão muitos outros. Juntos, unidos. Esta é a nossa cidade, se calhar estávamos esquecidos mas raios me partam se a porra do mosquito nos leva a melhor!

15 de dezembro de 2007

Fala-se de: segurança

A segurança ou a falta dela é o tema na Praia. Muito fládu flá sobre a violência e o crime. O caçu-bodi entrou na terminologia do dia à dia e difícil é neste momento encontrar alguém que não tenha sido vítima. De furto por esticão, roubo, assalto à mão armada, furto simples. E, não são poucos os relatos de vítimas que dão conta de espectadores impávidos e serenos, se calhar felizes por não serem eles a vítimas – o que me lembra sempre Brecht: primeiro levaram o vizinho e eu não liguei porque não era comigo, hoje levam-me a mim.
A marcha programada para hoje tinha, segundo sei, a intenção de protestar de reclamar desta situação. Exigir uma maior intervenção das polícias – a talhe de foice: temos pouco mais de 1000 agentes para cerca de 430.000 pessoas. Deixa ver: se fizermos de conta que se dividem por três turnos de 8 horas e não têm folgas, nem férias e nunca estão doentes temos um polícia por cada 1290 pessoas. Se não fizemos de conta e nos lembrarmos que por cada um são cinco como mandam as regras… está tudo dito. De qualquer maneira o milagre da multiplicação dos peixes (perdão dos agentes) é pedido por todos nós!!
Espero que a marcha tenha ido mais além do que o simples pedido de mais (o tal milagre) policiamento pois me parece que existe pouca consciência social sobre as formas de defesa a esta insegurança.
Preocupa-me ouvir falar da questão como se de tarefa exclusiva do Estado através das suas polícias se tratasse. A segurança tem dimensão de interacção e solidariedade social que impõe cada vez mais a união de esforços entre a polícia e a sociedade civil. Uma sociedade civil que não pode ficar especada a assistir.
É necessário consciencializar e motivar o cidadão a participar não só na garantia da sua segurança individual como também na defesa da segurança colectiva. Mobilizar os cidadãos em geral para um envolvimento activo em problemas como a toxicodependência, a delinquência juvenil ou, mesmo, a sinistralidade rodoviária, que contribuem para a insegurança e para o sentimento de insegurança que promove a própria insegurança - confundindo-se muitas vezes insegurança com sentimentos de insegurança - numa espiral (ou pescadinha de rabo na boca)difícil de ser quebrada.
Este post já vai longo (o tema tem pano para mangas) e apenas queria fazer notar que a segurança é um problema de todos, para o qual todos têm o dever de contribuir, na prevenção e na repressão e acima de tudo com uma cidadania mais responsável. A democracia implica liberdade, tolerância e solidariedade, mas é incompatível com a irresponsabilidade.