23 de abril de 2008

Importa-se de repetir (V)

Pois é bebé! Não li a página toda, nem metade li; fiquei-me pelo primeiro parágrafo por absoluta falta de paciência da dita apropriadamente designada Opinião.
Não tenho nada a dizer quando se trata de opinião. As opiniões são como os chapéus: há muitos! Ou como as cerejas que vêm sempre aos pares! Opinião de advogado já se sabe: uma do próprio, outra paga pelo cliente e mais uma para a eventualidade de acordo.
Tenho uma curiosidade. Uma daquelas curiosidades que mata o gato.
O ilustre opinante é deputado da Assembleia Nacional. O diploma foi aprovado por unanimidade naquela Assembleia. Será que adormeci durante a transmissão radiofónica do debate e perdi esse voto contra corrente da própria bancada com fundamento em inconstitucionalidade?!
Claro que há mais hipóteses. Deixa ver: o digno advogado deputado não estava na sessão e no mês que antecedeu a discussão do diploma não teve tempo de dar uma vistinha de olhos e alertar os colegas de bancada (os quais naturalmente por não estarem à altura da coisa não se aperceberam da coisa).
Ou adormeceu no momento imediatamente antes por força da verborreia de algum colega deputado! Ele há alguns que fazem adormecer um hiper-activo.
Ou numa segunda e mais atenta leitura (eu cá leio mais atentamente quando me pagam mas isso sou eu) Eureka, fez-se luz e “ó pá, querem lá ver que esta inconstitucionalidade se nos escapou… malvada! E não vem nada a calhar esta marota”.
Ou... ou... ou...
Que giro! As hipóteses são como as opiniões, os chapéus e as cerejas, há muitas. Fico por aqui antes que comece a delirar. No creo en las brujas pero que las hay, hay!
Pois é bebé. Devo ter adormecido.

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