A segurança ou a falta dela é o tema na Praia. Muito fládu flá sobre a violência e o crime. O caçu-bodi entrou na terminologia do dia à dia e difícil é neste momento encontrar alguém que não tenha sido vítima. De furto por esticão, roubo, assalto à mão armada, furto simples. E, não são poucos os relatos de vítimas que dão conta de espectadores impávidos e serenos, se calhar felizes por não serem eles a vítimas – o que me lembra sempre Brecht: primeiro levaram o vizinho e eu não liguei porque não era comigo, hoje levam-me a mim.
A marcha programada para hoje tinha, segundo sei, a intenção de protestar de reclamar desta situação. Exigir uma maior intervenção das polícias – a talhe de foice: temos pouco mais de 1000 agentes para cerca de 430.000 pessoas. Deixa ver: se fizermos de conta que se dividem por três turnos de 8 horas e não têm folgas, nem férias e nunca estão doentes temos um polícia por cada 1290 pessoas. Se não fizemos de conta e nos lembrarmos que por cada um são cinco como mandam as regras… está tudo dito. De qualquer maneira o milagre da multiplicação dos peixes (perdão dos agentes) é pedido por todos nós!!
Espero que a marcha tenha ido mais além do que o simples pedido de mais (o tal milagre) policiamento pois me parece que existe pouca consciência social sobre as formas de defesa a esta insegurança.
Preocupa-me ouvir falar da questão como se de tarefa exclusiva do Estado através das suas polícias se tratasse. A segurança tem dimensão de interacção e solidariedade social que impõe cada vez mais a união de esforços entre a polícia e a sociedade civil. Uma sociedade civil que não pode ficar especada a assistir.
É necessário consciencializar e motivar o cidadão a participar não só na garantia da sua segurança individual como também na defesa da segurança colectiva. Mobilizar os cidadãos em geral para um envolvimento activo em problemas como a toxicodependência, a delinquência juvenil ou, mesmo, a sinistralidade rodoviária, que contribuem para a insegurança e para o sentimento de insegurança que promove a própria insegurança - confundindo-se muitas vezes insegurança com sentimentos de insegurança - numa espiral (ou pescadinha de rabo na boca)difícil de ser quebrada.
Este post já vai longo (o tema tem pano para mangas) e apenas queria fazer notar que a segurança é um problema de todos, para o qual todos têm o dever de contribuir, na prevenção e na repressão e acima de tudo com uma cidadania mais responsável. A democracia implica liberdade, tolerância e solidariedade, mas é incompatível com a irresponsabilidade.
A marcha programada para hoje tinha, segundo sei, a intenção de protestar de reclamar desta situação. Exigir uma maior intervenção das polícias – a talhe de foice: temos pouco mais de 1000 agentes para cerca de 430.000 pessoas. Deixa ver: se fizermos de conta que se dividem por três turnos de 8 horas e não têm folgas, nem férias e nunca estão doentes temos um polícia por cada 1290 pessoas. Se não fizemos de conta e nos lembrarmos que por cada um são cinco como mandam as regras… está tudo dito. De qualquer maneira o milagre da multiplicação dos peixes (perdão dos agentes) é pedido por todos nós!!
Espero que a marcha tenha ido mais além do que o simples pedido de mais (o tal milagre) policiamento pois me parece que existe pouca consciência social sobre as formas de defesa a esta insegurança.
Preocupa-me ouvir falar da questão como se de tarefa exclusiva do Estado através das suas polícias se tratasse. A segurança tem dimensão de interacção e solidariedade social que impõe cada vez mais a união de esforços entre a polícia e a sociedade civil. Uma sociedade civil que não pode ficar especada a assistir.
É necessário consciencializar e motivar o cidadão a participar não só na garantia da sua segurança individual como também na defesa da segurança colectiva. Mobilizar os cidadãos em geral para um envolvimento activo em problemas como a toxicodependência, a delinquência juvenil ou, mesmo, a sinistralidade rodoviária, que contribuem para a insegurança e para o sentimento de insegurança que promove a própria insegurança - confundindo-se muitas vezes insegurança com sentimentos de insegurança - numa espiral (ou pescadinha de rabo na boca)difícil de ser quebrada.
Este post já vai longo (o tema tem pano para mangas) e apenas queria fazer notar que a segurança é um problema de todos, para o qual todos têm o dever de contribuir, na prevenção e na repressão e acima de tudo com uma cidadania mais responsável. A democracia implica liberdade, tolerância e solidariedade, mas é incompatível com a irresponsabilidade.
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