6 de março de 2016

Promover a mediocridade, a distracção e a infantilização


Adoro ver estratégias de manipulação de massas, em acção e que me perdoem os papainhas mas os cataventos utilizam-nas muito melhor e de forma mais assertiva. Alguns exemplos das estratégias que os cataventos estão a utilizar tão bem:
Promover a mediocridade sempre foi das técnicas mais usadas, estimular o acto de ser inculto ou ignorante como triunfo ou sinónimo de ser popular – caramba, a educação sempre foi a verdadeira arma para alterações sociais por isso diverte-me quando vejo cidadãos (se calhar de3via escrever cidadões para não passar por arrogante) clamar que a não saber ler, ou falar ou escrever é bom. Os aplausos entusiastas divertem-me ainda mais, pois normalmente provém daqueles que tiveram acesso a estudos e educação mas sofrem de iliteracia

Outra estratégia que temos visto muito é a da Distração… para quem não tem propostas sérias ou fundamentadas é crucial desviar a atenção das questões importantes para questões insignificantes ou superficiais. Manter as pessoas distraídas a discutir a “arrogância” do candidato em vez das propostas do candidato é um exemplo desse método que não deixa tempo para pensar – veja-se a rapidez dos cataventos no lançamento destes bodes “gravadora”, “arrogância”, “bedja” visando impedir que as pessoas apreendam as propostas apresentadas e a justificação das mesmas, Enquanto discutem a arrogância não utilizam o tempo para perceber que se há crescimento do turismo e de mobilização de água há necessariamente mais oportunidades a explorar – simples lógica silogística

A infantilização é outra técnica de que gosto mesmo muito. Adoro quando utilizam discurso, argumentos e entoação particularmente infantil… convenhamos dizer que o turismo não rende ao país porque o empresário, compra alfaces no exterior é de bradar aos céus pela infantilização… sim, qualquer criança acredita que tendo opção de compra nacional, com garantia de entrega, da quantidade necessária  a tempo e horas, que o empresário mande vir alfaces de avião??! Difícil de facto é vender 50 alfaces a um hotel que tem 1000 ocupantes… quando se fala em empresarialização da agricultura é também disto que se fala… E aqui fazemos ligação directa à técnica de fazer uso do aspecto emocional. Estratégia sempre bem-sucedida, estamos sempre prontos para “curto circuitar”  qualquer análise racional e deixar para lá todo o senso crítico

PS: Sim, li Chomsky que por acaso até é linguista…

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