9 de fevereiro de 2008

World Press Photo 2007

Sempre tive uma visão romântica dos jornalistas e dos repórteres fotográficos, a ideia de que estes profissionais possuem o poder de transfomar o mundo ao mostrá-lo tal como ele é. Do jornalismo fui perdendo ilusões, vendo pseudo-profissionais confundirem opinião com facto...
O foto-jornalismo - apesar das manipulações de imagem que se vão fazendo por aí - continua a chegar à essência, ao momento único, a trazer-nos os sentimentos e os acontecimentos; traz-nos na maioria das vezes a angústia, a dor, o sofrimento humano; os grandes prémios de fotojornalismo, normalmente, contemplam imagens chocantes — guerra, tragédias, cataclismos, tumultos, conflitos sociais, racismo.
O World Press Photo (um dos meus favoritos) é considerado um dos mais importantes prémios de reconhecimento do trabalho dos repórteres fotográficos - lembram-se da menina colombiana? essa foto de 1985 continua a atormentar-me - contempla categorias diferentes, entre as quais desporto, natureza e retrato.
O grande prémio World Press Photo 2007 foi atribuído ao britânico Tim Hetherington por uma fotografia de um jovem soldado norte-americano quase desfalecido num "bunker" no Afeganistão, tirada em Setembro de 2007 e publicada na revista Vanity Fair. Segundo o presidente do júri, Gery Knight, a foto revela "o esgotamento de um homem e também de uma nação".
Imagens do assassinato de Benazir Bhutto, dos conflitos no Zimbabué e no Médio e das eleições no Quénia mereceram distinções. O repórter fotográfico Miguel Lopes Barreira, do jornal português Record, foi distinguido (terceiro lugar) na categoria "Sport Action, por uma lindíssima fotografia a preto e branco, com a imagem do desportista Jaime Jesus numa competição de bodyboard na Nazaré.
Não deixem de ver as fotos AQUI

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