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Ilhéu

25 de novembro de 2009

25 Novembro

25 de Novembro. Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. Anúncio antigo mas muito bem feito. Vale a pena ver.

23 de novembro de 2009

Confusionistas

A sensibilidade política do MpD sempre me confundiu. Mas agora descobri: são confusionistas.
Os cataventos afirmam-se liberais - da família do CDS-PP, na última convenção, imagine-se - e clamam a torto e a direito por intervenção do Estado numa verdadeira subsidiodependência das economias de monopólio estatal. Os cataventos afirmam-se democratas e afirmam intenções de reeducar no mais puro estilo estalinista.
O discurso também me confunde. No OE de 2010 podem ler-se as medidas de incentivo fiscal e outras para os jovens; o MpD diz que não que é como quem diz que eu (e milhares de outros cabo-verdianos) não sei ler... A pensão social aumenta para 4500$00, o MpD diz que não e lembra que aumentou para 1300$00 mas ai de quem se lembre que nessa altura abrangia 6000 pessoas e que hoje abrange 24000!!!
São confusionistas...
Quem assiste na AN aos debates (e mesmo quem acompanha pela rádio) apercebe-se dos insultos com que a bancada catavento brinda os deputados do PAICV (verdadeiros papainhas doces) e os ministros no decurso das suas intervenções. Mas ai se um deles responde à letra... é um Deus nos acuda de princesas de porcelana guardiãs da democracia e da boa educação. Se um catavento chama a um papainha doce mentiroso e aldrabão isso é exercício da democracia... se for ao contrário é ditadura.
São confusionistas...
PS: não confundir com discíplos de Confúcio lol

17 de novembro de 2009

Copenhaga

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, admitiu hoje é pouco provável que se consiga um tratado que substitua o Protocolo de Quiotoque na cimeira de Copenhaga, em Dezembro.
Entretanto Estados Unidos e China (os maiores poluidores) anunciaram que vão trabalhar para que em Copenhaga seja alcançado um acordo com efeito imediato sobre alterações climáticas.
Sem comentários. Vale o cartoon.
Cartoon de Paresh Nath para o The Khaleej Times

14 de novembro de 2009

Lixo e saneamento - recuperando posts

Recupero parte de um post publicado em plena campanha para as autárquicas, mais precisamente a 20 de Março de 2008:
"Durante algum tempo pensei (naif que sou) que o saneamento e o tratamento dos resíduos sólidos seriam temas quentes na campanha autárquica e ai do candidato que não propusesse soluções. Mas nem cheiro dos temas que dos resíduos há muito! Umas fotos em placards denunciando aquilo que não precisa de denúncia porque está há vista... e verdade se diga que bastaria a CMP responder com umas fotos de há 10 anos e pronto, tínhamos, empate técnico.
Uma coisa é reclamar (isso todos fazemos que Graças a Deus somos convictamente reclamantes) outra é propôr soluções para um problema que só se resolve com dinheiro (muito) numa área onde é difícil encontrar financiamento. Mudar comportamentos também é bom mas só funciona para o futuro e ver a malta num mutirão à brasileira para uma limpeza… não é assim tão fácil e mantém-se a questão: o que fazer ao lixo!"

Decididamente enganei-me quanto ao mutirão. E fico feliz por me ter enganado... Se quiserem podem ler mais AQUI
Recupero também este post porque me parece bem pertinente (podem obter mais informação AQUI)


"Em três meses de trabalho duro foi possível, em Kibera, no Kénia, transformar uma lixeira numa quinta orgânica produtora de legumes frescos. A comunidade beneficiada, cerca de trinta famílias, trabalhou duro para conseguir o milagre ilustrado nas fotos."



12 de novembro de 2009

Dengue, Nós e o caminho percorrido.

Foi possível observar nestes dias da dengue a capacidade de resposta de Cabo Verde a uma crise. Ver o trabalho da máquina pública posta em marcha. Com agilidade. Sem titubear. Sem falar em dificuldades financeiras. Mostrando recursos, competências e dedicação.
Em Outubro detectam-se os primeiros casos rapidamente apelidados de sacudim djam bem, o sistema de saúde estranha e pede análises que vêm negativas, insiste com novas análises e sabe-se: dengue. A “coisa” para a qual o Ministro da saúde já tinha alertado e afirmava relacionada com o mosquito tem nome. É DENGUE.
A resposta surge. Global e organizada. Certamente com muito trabalho de formiga envolvido:
Temos laboratório de teste para dengue, tivemos soro para aguentar os primeiros dias, campanha de comunicação massiva nas ruas e na comunicação social, mapeamento das zonas de onde provinham os afectados, capacidade de intervenção anti-vectorial nas áreas mais afectadas, estatísticas diariamente actualizadas e credíveis, militares formados nas ruas, números de atendimento, acompanhamento telefónico dos doentes em casa (que diga quem foi surpreendido por um telefonema do técnico de saúde reafirmando instruções e questionando no momento crítico da evolução a importância deste “pormaior”). Centros de saúde a funcionarem. Repelente nas farmácias – com quebras claro, assisti a compras de uma dúzia e quando as farmácias começaram a limitar… toca a levar a família toda, rabidantes a açambarcar cravinho, condição humana...
Tivemos campanha de limpeza nas ruas e uma população que assumiu a sua cidadania.
Tivemos mortos. Por evolução da doença. E é triste.
Tivemos um governo que reagiu rápida e firmemente liderado - como não podia deixar de ser num momento de crise – por um primeiro-ministro que assumiu a primeira linha de batalha, um ministro de saúde sereno e incansável. Grande Basílio é nestes momentos que se vê os homens e a resposta que o sistema de saúde foi capaz de dar, testemunha o trabalho feito na saúde!! Afinal o Plano Nacional de Saúde (está na Net) não se esgota em palavras!
Foi surpresa, confesso, saber que estávamos preparados. Saber que o país está preparado. A ajuda internacional afirma de forma inequívoca que veio complementar um sistema bem organizado que já se encontrava em marcha e que aguentou o pico de 4 de Novembro. Fico feliz testemunhar esta capacidade totalmente inédita. E não tenho vergonha disso.
Desconfianças e politização têm tentado abrir caminho. Estranhamente ou talvez não. Se calhar têm, como eu, na memória os dias negros da epidemia de cólera, nos idos de 95 da qual até hoje não se sabem os números certos, mais de 200 mortos diz-se no PNLP de 1997. Se calhar por isso querem encontrar ocultação de informação! Não esqueceram, como eu, que a situação foi apelidada pelo primeiro ministro da altura como “casos isolados”! Falha-me aqui a memória: quem se ausentou no pico da crise, o Veiga ou o Djinny?
As diferenças de actuação são visíveis mas não se pode falar nelas… nem criticar as câmaras no que toca ao saneamento básico!!! Mas sobre isso o Sanpadjud postou antes das autárquicas.
Não importa. Acredito que fizeram o melhor que podiam.
Importa o hoje. Um momento em que o país mostrou capacidade de enfrentar uma séria crise. Sem qualquer demagogia penso que o país se pode sentir orgulhoso do trabalho feito. Dá coragem para continuar.
Um sistema de saúde capaz de corresponder a um pico superior a mil casos. Julgavas possível? Eu não.
Um sistema de saúde capaz de aguentar sem roturas o primeiro impacto. Julgavas possível? Eu não.
Um orçamento capaz de aguentar duas crises sucessivas. Julgavas possível? Eu não.
Uma população capaz de responder presente. Julgavas possível? Eu sim. OK tinha dúvidas.
Temos muito trabalho pela frente, muita luta anti-vectorial e anti-larval, mas anima ver que fomos capazes de transformar o país e estar melhor preparados! Saber que temos sistema de saúde!

7 de novembro de 2009

One Move

Ás vezes o que é preciso é movimentarmo-nos. One move. A Praia Maria moveu-se. One move. O primeiro de muitos outros.

6 de novembro de 2009

Dengue - a solução está nas nossas mãos

Uma volta pela blogolândia e a dengue é o tema. Posts informativos e úteis, apelos válidos ao trabalho de todos a par de desinformação e pânico pouco justificado para quem tem as ferramentas da informação nas mãos ou já apanhou dengue mais do que uma vez no Rio de Janeiro – a cidade dos Jogos e o maior foco de dengue do mundo…
Começar dentro de casa e sair à rua e limpar é a palavra de ordem. A resolução do problema está nas nossas mãos. Começar por casa: verificar os depósitos, os bidons que temos no quintal, os lindos vasos, as goteiras do ar condicionado… começar pela nossa rua: tapar valas com areia, deitar óleo queimado ou gasóleo nas poças de água, recolher as garrafas e latas que andam por aí (aproveitar e retirar os sacos de plástico), os pneus e tantas outras coisas que sabemos que facilitam a propagação do mosquito e como tal da dengue e de outras doenças que estão e sempre estiveram à espreita além de necessário, e óbvio é fácil. Somos senhores do nosso destino. Cabe-nos a nós a nossa salvação. Cabe-nos a nós aceitar o tratamento paliativo porque ele existe e está ao nosso dispor.
Faltasse soro ou capacidade de tratamento e seria pior…
Vejo a Praia mobilizar-se e fico contente.
Chateia-me a sistemática desinformação. As tentativas de culpabilização e desresponsabilização.
A situação é preocupante, estamos em crescendo
- e ainda não atingimos o pico - e os factores que favorecem a propagação estão aí à solta; e não são só os de saneamento, são também os outros: gente que não se cuida, não se protege, não aceita tratamento e que mesmo após semanas de formação (estou a falar da formação que teve lugar na delegacia da Praia com o objectivo de preparar agentes para sensibilização no terreno) recusam pôr repelente porque cheira mal e vestir calças e pôr meias porque está calor!! Caramba.
O vector existe em Cabo Verde e duvido que seja desde o ano passado
– não tínhamos capacidade para detectá-lo mas já temos – aliás existe em toda esta zona, caso da Madeira (desde 2005 pelo menos) e mesmo na Europa, na Catalunha por exemplo. A diferença: a Câmara do Funchal não dorme e faz fumigações anuais mesmo tendo um saneamento básico muitoooooo superior ao nosso. Limito-me a constactar factos: o saneamento básico é da responsabilidade do poder local e é notoriamente deficitário e não me venham com meios porque tapar valas, recolher pneus não carece assim de tantos meios. OK é estranha a ausência, a demissão mas agora é tempo de trabalhar.
Mas atenção. Já se afirmou neste blog: o lixo não cai do céu, logo somos todos responsáveis.
Fico estupefacta quando se tenta problematizar e politizar uma afirmação do Delegado de Saúde da Praia, em 2008, quando se detectou mosquitos contaminados no Sal de que que era remota a possibilidade de epidemia e há quem de imediato tente retirar a ilação de que houve falha do Governo! As condições são dinâmicas e não são iguais a 2008. Há mais lixo, mais água… Espantosa a política da dengue.
Facto é que em 2009 o mosquito finalmente encontrou as condições propícias, começou pela Praia (e não pelo Sal) e a mobilidade fez o resto.
Curiosamente reclamam-se medidas que já estão tomadas. O exército e a protecção civil estão nas ruas há vários dias, médicos e enfermeiros não regateiam esforços, as farmácias estão abertas até mais tarde, o ministro da saúde que em Junho ou Julho alertou para a necessidade de combater o mosquito dá a cara todos os dias, os hospitais bem ou mal vão dando resposta, os hospitais de campanha já estão montados, os equipamentos laboratoriais já estão aí. A informação flui as estatísticas mostram-nos a evolução e o que podemos esperar mas reclama-se que está escondida porque há quem não vá ao hospital!
Reclama-se números de informação como se não fosse necessário treinar pessoas para dar informação (os médicos e enfermeiros estão no terreno não podem estar ao telefone)
Reclama-se declaração de calamidade pública como se não existissem regras para tal declaração! Reclama-se ajuda da comunidade internacional quando a primeira reunião com a ela sobre a dengue teve lugar há duas semanas – o nosso caso se calhar não é dos mais alarmantes para a OMS e a ajuda pode ser programada nas melhores condições. Reclama-se porque o MS diz que tem a situação sob controlo (ou seja tem medicamentos e dinheiro para os comprar) pois não é função do MS andar a limpar mas sim ter condições para tratar as pessoas infectadas. Reclama-se protecção para limpar os vasos que estão à nossa porta… A par disso o negócio dos açambarcadores de cravinho e cânfora floresce… e os que não fazem negócio açambarcam à mesma – desde que usem pois quando se protegem, retirando ao mosquito o seu alimento favorito, também me protegem pois menos se propaga…
Mas são pormenores porque a Praia reagiu.
Tal como eu muitos não esperaram por hoje para deitar as mãos ao trabalho.
Tal como eu vão recolhendo garrafas pelos caminhos onde andam, chamam a atenção para vasos, irritam-se por causa de um bidon destapado e chateiam-se a sério por causa dum depósito também destapado ou da água do ar condicionado a escorrer para a rua.
A Praia mobiliza-se e gosto de ver esta mobilização. Hoje (amanhã e depois) estarei na rua e sei que a meu lado estarão muitos outros. Juntos, unidos. Esta é a nossa cidade, se calhar estávamos esquecidos mas raios me partam se a porra do mosquito nos leva a melhor!

3 de novembro de 2009

Se não me deixas ganhar não jogo

Repórter X testemunhou com admiração e respeito a firmeza da declaração "ou o PAICV dá o braço a torcer ou não há revisão". Repórter X não vai embarcar nas críticas a este "a bola é minha ou jogas como eu quero e me deixas ganhar ou acabou o jogo".
Não é estalinismo, não é arrogância e muito menos birra como querem fazer crer as vozes dissonantes (não se cuidem que acabam reeducados reconvertidos). É democracia verdadeira e em acção, seus totalitários.
Repórter X está solidário; afinal muitas vezes na meninice, dono da bola, afirmou com a mesma convicção: "a bola é minha, se não ganho não há jogo". Absolutamente natural e finissíma expressão da democracia e do Estado de Direito como foram entendidos por Estaline. Uma verdadeira lição para os "outros do costume". Tomem lá com a Democracia.
Repórter X acaba de se reeducar reconverter pelo que não há nexexidade de campo de reconversão nem das tácticas e técnicas de reconversão.
Sois Rei, sois rei, sois rei, sois rei...
PS: posso ficar com o lugar do Dono?

2 de novembro de 2009

Importa-se de repetir?

Veiga diz que vai reconverter o PAICV.
De dedo em riste e cara de mau o ex-ex-primeiro-ministro-ex-ex-candidato-a-Presidente-finalmente-presidente-catavento-e-futuro-candidato-a-qualquer-coisa prometeu reconverter o PAICV.
Importa-se de repetir?! Pois é bébé…Reconverter! Caramba, reconverter! Assumiu a sua verdadeira condição ideológica? Reconverter. Estalinista... nem sei bem. Já estou a imaginar os campos de reeducação ou de "reconvertimento"...
Pois é bebé. Importa-se de repetir?
Mais alto? Continuo a não ouvir bem...
Até me apetece dizer como o Eurico Monteiro a propósito de um outro catavento: "Desculpem-me mas eu acho que ele diz mais é tontices. Diz mais tontices do que coisa com coisa."
Pois é bebé. Importa-se de repetir? lol...lol...lol
Afinal não mudásti