21 de fevereiro de 2013

O peão da Nação…


A estratégia é simples: enlamear. O objectivo é até prosaico: tornar o país ingovernável!
Pensaram nas consequências?
A estratégia de desgaste grosseiro em marcha - pelo timing (distância das eleições) e pelo método (difamação, insinuação, suspeição) - pretende eleições antecipadas. E tem tido um peão de peso. Mas "Quo vadis" PR?
No nosso sistema constitucional de governo, baseado em eleições parlamentares e na legitimidade parlamentar, o PR não governa nem é responsável pelo governo, mas ao assumir o papel de peão (incendiário) que caminhos restam ao nosso PR?
Dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas? E se, hipótese mais que plausível, o "tiro sair pela culatra" que margem de manobra e de credibilidade política restaria para o PR? E, hipótese também plausível, se se criasse um impasse político sem maioria governativa?
Um outro caminho parece perspectivar-se, recuo do PR e assunção de papel mais isento e menos instrumento - indiciado com a promulgação do PCCS -  face à evidência de que ultrapassou a linha vermelha e que o PM ao sacrificar o seu braço direito para evitar a confrontação imediata/directa, revela sentido de Estado mas ao autorizar o desabafo de Tolentino mostra que atingiu o limite... ou súbita consciência de que afinal é estéril a sua intencionalidade política e que a sua subordinação a interesses outros, abriu espaço a Veiga como mais do que provável candidato a PR em 2016.

O PR tem sido precipitado. Tal como no xadrez poucas coisas são mais perniciosas em política do que a precipitação. Mesmo quando aparentemente concertadas, todas as estratégias dos peões podem falhar… o jogo serve as agendas de outros.

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