A
estratégia é simples: enlamear. O objectivo é até prosaico: tornar o
país ingovernável!
Pensaram nas consequências?
A
estratégia de desgaste grosseiro em marcha - pelo timing (distância das
eleições) e pelo método (difamação, insinuação, suspeição) - pretende eleições
antecipadas. E tem tido um peão de peso. Mas "Quo vadis" PR?
No
nosso sistema constitucional de governo, baseado em eleições parlamentares e
na legitimidade parlamentar, o PR não governa nem é
responsável pelo governo, mas ao assumir o papel de peão (incendiário) que
caminhos restam ao nosso PR?
Dissolução
do Parlamento e convocação de eleições antecipadas? E se, hipótese mais que plausível, o "tiro sair pela
culatra" que margem de manobra e de
credibilidade política restaria para o PR? E, hipótese também plausível, se se criasse um impasse político sem maioria governativa?
Um
outro caminho parece perspectivar-se, recuo do PR e assunção de papel mais isento e menos instrumento - indiciado com a promulgação do PCCS - face à evidência de que ultrapassou a
linha vermelha e que o PM ao sacrificar o seu braço direito para evitar a
confrontação imediata/directa, revela sentido de Estado mas ao autorizar o desabafo de Tolentino mostra
que atingiu o limite... ou súbita consciência de que afinal é estéril a sua intencionalidade
política e que a sua subordinação a interesses outros, abriu espaço a Veiga como
mais do que provável candidato a PR em 2016.
O PR tem sido precipitado. Tal como no xadrez poucas coisas são mais perniciosas em política do que a precipitação. Mesmo quando aparentemente
concertadas, todas as estratégias
dos peões podem falhar… o jogo serve as agendas de outros.
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