S. Vicente

Monte Cara

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Mindelo

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Ilhéu

24 de julho de 2009

Pergunta indiscreta


Os cata-ventos defendem que têm de ser criadas condições na Constituição para que a Justiça seja independente. O que significa que o modelo actual consagra uma Justiça não independente.
Ora se bem me lembro o actual modelo de Justiça foi desenhado pelos cata-ventos quando tinham maioria qualificada! Os cata-ventos reclamam-se como pais (e mães) da Constituição. A tal que diz que o PR nomeia um juiz para o STJ e o seu Presidente. A tal que foi desenhada para o ex-ex-primeiro-ministro-ex-ex-candidato-a-Presidente-candidato-a-líder-do-MpD-futuro-candidato-a-qualquer-coisa_mas_sempre_perdedor...
É o próprio modelo que criaram e impuseram que consideram incapaz de garantir a independência da Justiça? O discurso actual dos cata-ventos significa o reconhecimento que tentaram partidarizar o funcionamento da Justiça através da Constituição? Finalmente reconhecem que davam ordens ao STJ, instância onde sequer havia distribuição e os processos eram entregues a quem convinha?
Os cata-ventos acabam de confirmar que tentaram partidarizar e subjugar a Justiça? É isso?

12 de julho de 2009

Importa-se de repetir?!

O ex-ex-primeiro-ministro-ex-ex-candidato-a-Presidente-candidato-a-líder-do-MpD-futuro-candidato-a-qualquer-coisa, Carlos Veiga, afirma que Cabo Verde regrediu…
Importa-se de repetir?! Pois é bébé…
Onde andou ele nos seus 10 anos de governação? A passear sem dúvida… é a única explicação para não ter conhecido o Cabo Verde de há dez anos. E tem andado distraído neste ainda novo milénio.
É que o que avançámos é graças a trabalho duro de todos, do nosso suor… falar mal do Governo é uma coisa, desprezar o que temos trabalhado e feito de bom é outra loiça, principalmente porque se trata das coisas que teve oportunidade e tempo (dez anos) para fazer e não fez.
Pois é bebé!
A propósito de regredir, este ex-ex-primeiro-ministro-ex-ex-candidato-a-Presidente-candidato-a-líderdo-MpD-futuro-candidato-a-qualquer-coisa quer protagonizar a novela “Regresso ao Passado”.
Pois é bébé…Vamos ter um casting interessante…

Lembrando que

Não se escolhe a família, escolhem-se os amigos!

4 de julho de 2009

Blogolândia em silêncio

A "bomba" no Sal deixou a blogolândia sem reacção ou ela está simplesmente desinteressada? As três semanas do julgamento foram interessantes e foi visível uma nova postura do MP. Uma equipa no Sal (dois procuradores e um procurador geral adjunto) apoiada pela equipa especializada em criminalidade organizada da PGR aqui na Praia.
E, esse trabalho deu frutos. Viu-se que foi preparado com tempo e com coordenação firme.
Frutos que estranhamente não são referidos numa blogolândia que há bem poucos dias reclamava acção. Um silêncio estranho quando é também visível a tentativa de politização nalguns on-line - o advogado que pertenceu ao MpD e ao PRD do Dico de repente é transformado no irmão querido do PM. Tenham paciência!
Mas se assim é a mensagem é muito clara: nem o meio-irmão do PM está acima da lei.
A mão do PGR (com costas quentes na MJ) é bem visível neste processo.
A prisão preventiva foi decretada mas independentemente de quaisquer resultados a verdade é que se marcou posição de forma ousada.
PS: Interessante que nas news se diga que o Dico foi nomeado pela OACV que rapidamente descobriu que nenhum advogado do Sal defenderia o Barbosa e contactou o Dico, nomeou-o (será assistência judiciária?) e colocou-o no Sal a tempo do primeiro interrogatório!!! Grande eficácia.

3 de julho de 2009

Incongruências

A taxa da iluminação pública não passa na AN. O MpD regressando a um discurso assistencialista (cabo-verdianos são coitados) chumbou uma proposta apoiada pelos municípios destinada a garantir a sustentabilidade do serviço (a iluminação pública é da responsabilidade dos municípios e a dívida à Electra é dos município).
Paralelamente a CMP lança através de regulamento uma taxa de resíduos sólidos (com a qual concordo) e o MpD aplaude (ou não?!) e diz que os munícipes têm de contribuir para que o serviço seja prestado com qualidade. Queremos o lixo fora das ruas? Contribua-se para isso... é simples e é normal (pelo menos nos países com que gostamos de nos comparar...).
Queremos iluminação pública? Só o que faltava dizem os cata-ventos, a responsabilidade é das câmaras mas é o Governo que se desgasta com a escuridão nas ruas e as eleições vêm aí. Não pagamos, somos coitados, é o lema do MpD.
Há aqui qualquer coisa de incongruente… como pode um município fazer aquilo que ao Governo só é permitido com maioria qualificada?