Fiquei sensibilizada pela carta que achou por bem remeter, aos
estrangeiros residentes em Cabo Verde, por intermédio do Semana. Manda a boa
educação que só se leiam às cartas que nos são dirigidas, não sendo estrangeira não
devia ter lido... mas era aberta… e a curiosidade matou o gato e não resisti!
A carta deixou-me perplexa apesar de compreender o interesse que tem, quem está a braços com estas coisas, em promover nos jornais os seus pontos de vista e quem sabe influenciar instituições. O remetente é estrangeiro
(apresenta-se como tal) e tanto quanto percebi vendeu um carro a um indivíduo aparentemente
(pelo nome) estrangeiro e queixa-se de
ter sido por ele enganado.
A primeira perplexidade: o carro tem matrícula verde pelo
que beneficiou de isenção! Logo não podia vender o caro nem cedê-lo para
utilização de terceiro. Vem para os jornais confessar crimes fiscais??!!! Pois é
bebé... Importa-se de repetir ou melhor não repita... Ainda acaba com o MP ou a
polícia à porta ou pior ainda com o fisco que nem desconfiaria da marosca se
não fosse a carta aberta
A segunda perplexidade: o alegado aldrabão que comprou o
carro e não pagou é estrangeiro mas a carta aberta tem como destinatário os
estrangeiros residentes em Cabo Verde. Não deveria, por coerência com o tom de
alerta contra aldrabões ser remetida aos cabo-verdianos ou pelo menos a todos
os que aqui residem? Pois é bebé... Importa-se de mudar os destinatários??
Sublinho e estendo o alerta: Quando se vende um carro há regras e normas legais a cumprir seja o comprador de que nacionalidade for... "não se faz um toma lá chave e carro e dá cá o as notas". Em qualquer parte do mundo!
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