Foi possível observar nestes dias da dengue a capacidade de resposta de Cabo Verde a uma crise. Ver o trabalho da máquina pública posta em marcha. Com agilidade. Sem titubear. Sem falar em dificuldades financeiras. Mostrando recursos, competências e dedicação.
Em Outubro detectam-se os primeiros casos rapidamente apelidados de sacudim djam bem, o sistema de saúde estranha e pede análises que vêm negativas, insiste com novas análises e sabe-se: dengue. A “coisa” para a qual o Ministro da saúde já tinha alertado e afirmava relacionada com o mosquito tem nome. É DENGUE.
Em Outubro detectam-se os primeiros casos rapidamente apelidados de sacudim djam bem, o sistema de saúde estranha e pede análises que vêm negativas, insiste com novas análises e sabe-se: dengue. A “coisa” para a qual o Ministro da saúde já tinha alertado e afirmava relacionada com o mosquito tem nome. É DENGUE.
A resposta surge. Global e organizada. Certamente com muito trabalho de formiga envolvido:
Temos laboratório de teste para dengue, tivemos soro para aguentar os primeiros dias, campanha de comunicação massiva nas ruas e na comunicação social, mapeamento das zonas de onde provinham os afectados, capacidade de intervenção anti-vectorial nas áreas mais afectadas, estatísticas diariamente actualizadas e credíveis, militares formados nas ruas, números de atendimento, acompanhamento telefónico dos doentes em casa (que diga quem foi surpreendido por um telefonema do técnico de saúde reafirmando instruções e questionando no momento crítico da evolução a importância deste “pormaior”). Centros de saúde a funcionarem. Repelente nas farmácias – com quebras claro, assisti a compras de uma dúzia e quando as farmácias começaram a limitar… toca a levar a família toda, rabidantes a açambarcar cravinho, condição humana...
Tivemos campanha de limpeza nas ruas e uma população que assumiu a sua cidadania.
Tivemos mortos. Por evolução da doença. E é triste.
Tivemos um governo que reagiu rápida e firmemente liderado - como não podia deixar de ser num momento de crise – por um primeiro-ministro que assumiu a primeira linha de batalha, um ministro de saúde sereno e incansável. Grande Basílio é nestes momentos que se vê os homens e a resposta que o sistema de saúde foi capaz de dar, testemunha o trabalho feito na saúde!! Afinal o Plano Nacional de Saúde (está na Net) não se esgota em palavras!
Foi surpresa, confesso, saber que estávamos preparados. Saber que o país está preparado. A ajuda internacional afirma de forma inequívoca que veio complementar um sistema bem organizado que já se encontrava em marcha e que aguentou o pico de 4 de Novembro. Fico feliz testemunhar esta capacidade totalmente inédita. E não tenho vergonha disso.
Desconfianças e politização têm tentado abrir caminho. Estranhamente ou talvez não. Se calhar têm, como eu, na memória os dias negros da epidemia de cólera, nos idos de 95 da qual até hoje não se sabem os números certos, mais de 200 mortos diz-se no PNLP de 1997. Se calhar por isso querem encontrar ocultação de informação! Não esqueceram, como eu, que a situação foi apelidada pelo primeiro ministro da altura como “casos isolados”! Falha-me aqui a memória: quem se ausentou no pico da crise, o Veiga ou o Djinny?
As diferenças de actuação são visíveis mas não se pode falar nelas… nem criticar as câmaras no que toca ao saneamento básico!!! Mas sobre isso o Sanpadjud postou antes das autárquicas.
Não importa. Acredito que fizeram o melhor que podiam.
Importa o hoje. Um momento em que o país mostrou capacidade de enfrentar uma séria crise. Sem qualquer demagogia penso que o país se pode sentir orgulhoso do trabalho feito. Dá coragem para continuar.
Um sistema de saúde capaz de corresponder a um pico superior a mil casos. Julgavas possível? Eu não.
Um sistema de saúde capaz de aguentar sem roturas o primeiro impacto. Julgavas possível? Eu não.
Um orçamento capaz de aguentar duas crises sucessivas. Julgavas possível? Eu não.
Uma população capaz de responder presente. Julgavas possível? Eu sim. OK tinha dúvidas.
Temos muito trabalho pela frente, muita luta anti-vectorial e anti-larval, mas anima ver que fomos capazes de transformar o país e estar melhor preparados! Saber que temos sistema de saúde!
Temos laboratório de teste para dengue, tivemos soro para aguentar os primeiros dias, campanha de comunicação massiva nas ruas e na comunicação social, mapeamento das zonas de onde provinham os afectados, capacidade de intervenção anti-vectorial nas áreas mais afectadas, estatísticas diariamente actualizadas e credíveis, militares formados nas ruas, números de atendimento, acompanhamento telefónico dos doentes em casa (que diga quem foi surpreendido por um telefonema do técnico de saúde reafirmando instruções e questionando no momento crítico da evolução a importância deste “pormaior”). Centros de saúde a funcionarem. Repelente nas farmácias – com quebras claro, assisti a compras de uma dúzia e quando as farmácias começaram a limitar… toca a levar a família toda, rabidantes a açambarcar cravinho, condição humana...
Tivemos campanha de limpeza nas ruas e uma população que assumiu a sua cidadania.
Tivemos mortos. Por evolução da doença. E é triste.
Tivemos um governo que reagiu rápida e firmemente liderado - como não podia deixar de ser num momento de crise – por um primeiro-ministro que assumiu a primeira linha de batalha, um ministro de saúde sereno e incansável. Grande Basílio é nestes momentos que se vê os homens e a resposta que o sistema de saúde foi capaz de dar, testemunha o trabalho feito na saúde!! Afinal o Plano Nacional de Saúde (está na Net) não se esgota em palavras!
Foi surpresa, confesso, saber que estávamos preparados. Saber que o país está preparado. A ajuda internacional afirma de forma inequívoca que veio complementar um sistema bem organizado que já se encontrava em marcha e que aguentou o pico de 4 de Novembro. Fico feliz testemunhar esta capacidade totalmente inédita. E não tenho vergonha disso.
Desconfianças e politização têm tentado abrir caminho. Estranhamente ou talvez não. Se calhar têm, como eu, na memória os dias negros da epidemia de cólera, nos idos de 95 da qual até hoje não se sabem os números certos, mais de 200 mortos diz-se no PNLP de 1997. Se calhar por isso querem encontrar ocultação de informação! Não esqueceram, como eu, que a situação foi apelidada pelo primeiro ministro da altura como “casos isolados”! Falha-me aqui a memória: quem se ausentou no pico da crise, o Veiga ou o Djinny?
As diferenças de actuação são visíveis mas não se pode falar nelas… nem criticar as câmaras no que toca ao saneamento básico!!! Mas sobre isso o Sanpadjud postou antes das autárquicas.
Não importa. Acredito que fizeram o melhor que podiam.
Importa o hoje. Um momento em que o país mostrou capacidade de enfrentar uma séria crise. Sem qualquer demagogia penso que o país se pode sentir orgulhoso do trabalho feito. Dá coragem para continuar.
Um sistema de saúde capaz de corresponder a um pico superior a mil casos. Julgavas possível? Eu não.
Um sistema de saúde capaz de aguentar sem roturas o primeiro impacto. Julgavas possível? Eu não.
Um orçamento capaz de aguentar duas crises sucessivas. Julgavas possível? Eu não.
Uma população capaz de responder presente. Julgavas possível? Eu sim. OK tinha dúvidas.
Temos muito trabalho pela frente, muita luta anti-vectorial e anti-larval, mas anima ver que fomos capazes de transformar o país e estar melhor preparados! Saber que temos sistema de saúde!
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