Coscuvilhice tem a função de válvula de escape social antiquíssima: Uma comadre mexerica sobre outra, a outra apercebe-se e lá iam os rockets: “Andas a dizer mal de mim, sua p#*&?” E num instante, toda a gente ficava a saber da briga. Seguem-se normalmente episódios rocambolescos de peixeirada que deliciam uma plateia interessada num bom motivo para passar o tempo e normalmente sedenta de sangue.
Hoje, qualquer um que se preze como ser socialmente bem inserido, nesta lógica mercantilista de vida, tem de ser mexericado. Caso contrário tem como pena cruel e desumana: o anonimato. Vai daí a malta “auto-mexerica-se”.
A blogolândia não ficou imune à cultura da auto-promoção através do mexerico. Há quem seja figurante de novela com enredos ora épicos ora trágicos, dirigindo os sentimentos do pretenso público entre a compaixão em relação às vítimas e o ódio em relação aos mauzões. A “vítima” passou a ser a heroína de quem se fala pelos motivos mais confusos e os mauzões descem em popularidade.
Qual é a causa primeira deste fenómeno? O mercado leia-se o número de leitores – aproveitando esta tendência o blogger sarcasticamente lançou a moda dos “seguidores” hehehe!!!
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